O projeto preventivo contra incêndio completo compreende:
- Preventivo por extintores;
- Preventivo hidráulico, se necessário;
- Instalações de gás combustível;
- Saídas de emergência;
- Proteção contra descargas atmosféricas;
- Iluminação de emergência;
- Sistema de alarme e detecção;
- Sinalização de abandono de local.
Deverão ser observadas as seguintes condições gerais:
- Adotar as disposições da norma do Corpo de Bombeiros Oficial do Estado;
- Se na edificação houver áreas isoladas sujeitas a risco de incêndio, deverá
ser prevista a proteção por unidades extintoras adequadas, independentes da
proteção geral.
- Quando forem previstas aberturas ou peças embutidas em qualquer
elemento de estrutura, o autor do projeto estrutural deverá ser consultado
para verificação e avaliação.
1. Sistema Preventivo por Extintores
Deverá obedecer às Normas da ABNT e Normas de Segurança contra Incêndio do
Corpo de Bombeiros.
Conter o número necessário, o tipo e a capacidade dos extintores empregados no
projeto.
O tipo de extintor deverá ser determinado de acordo com o material a proteger.
A quantidade de unidades extintoras deverá ser determinada obedecendo aos
parâmetros recomendados pelas normas, que, em princípio, dependem:
- da área máxima a ser protegida em cada unidade extintora;
- da distância máxima para o alcance do operador.
Os extintores deverão respeitar as exigências das Normas do INMETRO, quanto as
suas características físicas e capacidade.
Os extintores deverão ser localizados e instalados de acordo com as exigências do
Corpo de Bombeiros Oficial.
2. Sistema Preventivo por Hidrantes
O sistema de proteção por hidrantes será constituído por tubulações, conexões,
válvulas, registros, abastecimento e reservação de água, hidrantes, mangueiras,
esguichos e outros equipamentos destinados ao afluxo de água aos pontos de
aplicação de combate a incêndio.
A critério do Corpo de Bombeiros local, poderá ser exigida a instalação de hidrantes
externos nos casos de loteamentos e agrupamentos de edificações.
Todas as edificações deverão conter sistema de proteção por hidrantes, exceto:
- as edificações destinadas a residências privativas unifamiliares;
- as edificações com área de combustão ou altura inferiores aos limites
determinados pelos regulamentos de prevenção e combate a incêndios
estabelecidos pelas Normas de Segurança e Combate a incêndio do Corpo
de Bombeiros Oficial.
As tubulações do sistema de hidrantes serão destinadas exclusivamente ao serviço de
proteção contra incêndio.
Deverá ser prevista pelo menos uma fonte de abastecimento de água capaz de suprir a
demanda da instalação por período determinado, alimentando simultaneamente o
número mínimo de hidrantes estabelecido pelas NSCI do Corpo de Bombeiros Oficial.
A alimentação das tubulações poderá ser realizada:
- por gravidade, no caso de reservatório elevado;
- por bombas fixas de acionamento automático, no caso de reservatório
subterrâneo ou de altura insuficiente para prover pressão adequada nos
pontos de utilização (reservatório inferior).
Caso o abastecimento da rede de hidrantes seja feito por reservatório elevado e
reservatório inferior ou cisterna, deverá ser adotado um conjunto de bombas devendo
ainda ser especificado seu tipo, sua vazão, alturas manométricas de sucção, de
recalque e total e potência das mesmas.
A critério do Corpo de Bombeiros, poderá ser exigida a instalação de chuveiros
automáticos que deverão efetuar a descarga automática da água sobre o foco do
incêndio, numa densidade adequada para controlar ou extinguir o fogo no estágio
inicial, com funcionamento simultâneo do alarme e da alimentação de água.
Todas as tubulações e acessórios aparentes do sistema deverão ser pintados na cor
vermelha.
As portas corta-fogo serão instaladas nos seguintes locais:
- antecâmaras e escadas;
- unidades autônomas e edificações;
- áreas de refúgio.
As portas corta-fogo são classificadas em função do tempo de resistência ao fogo,
devendo atender também às exigências das NSCI do corpo de Bombeiros Oficial de
SC.
3. Instalação de gás combustível – GLP
Deverá consistir na definição, dimensionamento e representação do sistema de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP), do recebimento, da localização da central e dos
componentes necessários à mesma, características técnicas dos equipamentos do
sistema, demanda de gás, bem como todas as indicações necessárias à execução das
instalações.
Deverão ser apresentados os seguintes produtos gráficos:
- planta de situação e implantação, em escala adequada a fácil visualização,
com indicação das canalizações externas, inclusive redes existentes das
concessionárias e outras de interesse;
- planta baixa geral para cada pavimento da edificação, em escala 1:50,
contendo indicação das tubulações, comprimentos, vazões, pressões nos
pontos de interesse, cotas de elevação, registros, válvulas, extintores,
apresentando detalhes de todos os dispositivos, suportes e acessórios,
especificações dos materiais básicos e outros;
- representação isométrica, em escala adequada, dos sistemas de hidrantes,
com indicação de diâmetros, comprimentos dos tubos e das mangueiras,
vazões nos pontos principais, cotas de elevação e outros;
- desenhos esquemáticos referentes à sala de bombas, reservatórios e
abrigos;
- detalhes de execução ou instalação dos hidrantes, chuveiros automáticos
(quando houver), extintores, sinalização, sala de bombas, reservatórios,
abrigos e outros;
- quantitativos e especificações técnicas de materiais, serviços e
equipamentos; memorial descritivo com a respectiva memória de cálculo dos sistemas
utilizados, conforme as NSCI (Normas de Segurança contra Incêndio) do
Corpo de Bombeiros;
- detalhes das saídas dos reservatórios;
- esquema vertical do sistema hidráulico;
- O projeto preventivo deverá ser apresentado separadamente dos demais
projetos complementares;
- Plantas e cortes da central de GLP, com a indicação do lay-out dos
equipamentos.
- Detalhe de todos os furos necessários nos elementos da estrutura, para
passagem e suporte da instalação.
- Planta de detalhes de todo o sistema;
- Esquema vertical do sistema;
- Deverá ser aprovado junto ao Corpo de Bombeiros, para posteriormente ser
entregue ao DEINFRA, juntamente com a ART (devidamente aprovada e
quitada), memoriais e quantitativos, para posterior liberação para a
fiscalização
Este projeto deverá considerar as facilidades de acesso para inspeção e manutenção
das instalações de prevenção e combate a incêndios.
Todos os detalhes que interfiram com outros sistemas deverão ser elaborados em
conjunto, de forma a ficarem harmonizados entre si.
Os projetos de instalações de prevenção e combate a incêndio deverão também
atender às seguintes normas:
- Normas de Segurança contra Incêndio do Corpo de Bombeiros de Santa
Catarina,
- Normas da ABNT,
- NBR 9077 – Saídas de Emergência em Edifícios,
- Obedecer às normas específicas da Secretaria solicitante do projeto (ex.
Normas da Segurança Pública, no caso de delegacias, cadeias,
penitenciárias, etc.).
4. Instalações de sistema de proteção contra descargas atmosféricas, instalação de
iluminação de emergência, de sinalização de abandono de local e de alarme e
detecção de incêndio
Os projetos de instalações de sistema de proteção contra descargas atmosféricas, de
iluminação de emergência, de sinalização de abandono de local e de alarme e
detecção de incêndio deverão ser constituídos de:
- Representação gráfica;
- Memória ou roteiro de cálculo;
- Especificação de materiais e serviços;
- Relação e quantitativo de materiais, serviços e equipamentos;
- Memorial descritivo;
- Aprovação.
- Disposições Complementares
A representação gráfica conterá:
- plantas arquitetônicas, em escala 1:50, indicando:
- localização dos quadros de distribuição;
- localização dos pontos de consumo de energia elétrica, com as respectivas
cargas e identificação dos circuitos;
- traçado da rede de eletrodutos, com as respectivas bitolas e tipos;
- representação simbólica dos condutores, nos eletrodutos, com identificação das
respectivas bitolas, tipos e circuitos a que pertencem;
- localização das caixas, suas dimensões e tipos;
- localização dos componentes do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas, da central, das luminárias de emergência e das luminárias de
sinalização de abandono de local e da central e dos acionadores de alarme de
incêndio;
- área de ação vertical e horizontal do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas (ângulo de proteção, esfera rolante);
- localização dos aterramentos com identificação e dimensões dos componentes;
- simbologia e convenções adotadas;
- jogo de detalhes, em escala até 1:20, abrangendo, no mínimo:
- instalação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, de iluminação
de emergência, de sinalização de abandono de local e de alarme e detecção de
incêndio;
- passagens de eletrodutos através de juntas de dilatação;
- caixas de passagem subterrâneas;
- disposição de aparelhos e equipamentos em caixas ou quadros (central e
luminárias de emergência e luminárias de sinalização de abandono de local,
central e acionadores de alarme de incêndio);
- conexões de aterramento;
- soluções para passagem de eletrodutos através de elementos estruturais.
- jogo de esquemas, diagramas e quadros de carga, em conformidade com o que a
seguir é estabelecido:
- deverão ser feitos esquemas para as instalações de iluminação de emergência,
de sinalização de abandono de local e de alarme e detecção de incêndio, em
que constem os elementos mínimos exigidos pela NSCI (Normas de Segurança
Contra Incêndios);
- deverão ser feitos diagramas unifilares, discriminando os circuitos, cargas,
seções dos condutores, tipo de equipamentos no circuito, dispositivos de
manobra e proteção e fases a conectar, para cada quadro;
- deverão ser feitos esquemas elétricos para quadros de circuitos das instalações
de iluminação de emergência, de sinalização de abandono de local e de alarme e
detecção de incêndio e outros que exijam esclarecimentos maiores para as
ligações;
- para cada quadro de circuitos de instalações de iluminação de emergência, de
sinalização de abandono de local e de alarme e detecção de incêndio, deverá ser
elaborado um quadro de cargas que contenha um resumo dos elementos de
cada circuito, tais como:
1) número do circuito;
2) fases em que o circuito está ligado;
3) cargas parciais instaladas (quantidade e valor em ampères);
4) carga total, em ampères e quilowatts;
5) queda de tensão;
6) fator de potência, etc.
4.1. Memória ou Roteiro de Cálculo
A memória ou roteiro de cálculo deverá citar, obrigatoriamente, os processos e critérios
adotados, referindo-se às normas técnicas e ao estabelecido nas instruções para
elaboração de projetos. Detalhará explicitamente, todos os cálculos referentes a:
- seções dos condutores;
- queda de tensão;
- consumo de equipamentos;
- demandas previstas;
- correntes nominais dos dispositivos de manobra;
- correntes nominais dos dispositivos de proteção;
- iluminação.